23 de ago. de 2012

Dois solitários numa noite fria.


Meio alto, na área de fumantes. Tomando um ar, como se isso ajudasse a digerir o álcool mais rápido... grande bobagem. Eis que ele surge, perguntando se eu tinha fogo. Eu sorrio e respondo que não fumo, apesar de ter pensado em uma outra réplica despudorada. Ele retribui o sorriso e encosta na parede, bem ao meu lado. Parece pior do que eu...
Eu pergunto se ele está bem, se precisa de alguma coisa. Ele diz que precisa sim. "O Quê?", eu pergunto. "De amor...", ele vacila ao responder, tropeça nos próprios pés e cai em cima de mim. Tento colocá-lo em pé novamente, mas ele me abraça. Eu fico em silêncio e o deixo ali. Eu estava, estranhamente, gostando da situação. Abraçado por um desconhecido, ambos bêbados, solitários, numa noite fria.
"Eu gosto de você, estranho..."
"Você também não é nada mau. Mas vamos lembrar disso amanhã?"

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