17 de nov. de 2011

Marcha à ré em Roma.

Viaja comigo? Porque a vida é um coliseu. Roma é a cidade dos amantes, eu sei. Dos amantes contrários, dos que se rebelam, dos opostos. Que se atraem. Que têm bocas. E lá chegam. E se encontram. Roma. Romance? Não sei. Talvez eu prefira voltar de lá. Viaja comigo? Quero ver Roma ao contrário... com você.

4 de nov. de 2011

Quisera eu...

Na tua presença me fiz luz
No teu peito, o meu lar
Ao dar-te a mão, os braços nus
Sentiram o amor a nos rodear.

Na tua ausência fez-se o pranto
Na tua partida, a escuridão
E sem você eu fiz recanto
Num canto qualquer da solidão.

Quisera eu estar contigo
Em todo e qualquer momento
Para sempre em sua vida.

É uma pena que você
Não esteja tanto assim
Interessado em minha companhia.

27 de set. de 2011

Abacaxi do Frade ♥

Antes você era tudo pra mim
Trocava seu amor por um dos meus rins
Mas hoje... ah, hoje!
Você não vale nem meu sorvete favorito

Antigamente você me derretia
Me fazia transpirar a todo instante
Hoje a única coisa que me refresca
É meu sabor de sorvete favorito.

Não sei do que é, mas é gostoso demais.

Um dia você já foi importante
Mas hoje... Ah, hoje!
Meu verdadeiro amor
É o Abacaxi do Frade.

7 de set. de 2011

Insensatez

E hoje o que eu quero
É respirar o teu sorriso
Beijar o teu olhar
E mergulhar no teu abraço

Quero tomar café na cama
Numa noite de domingo
Com você me acompanhando,
É claro.

Quero estar num ontem infinito
No meu sozinho acompanhado
Comigo, contigo, conosco
Uma vida e meia ao seu lado.

Somos dois em um só
Duas vozes em uma canção
Um par numa mesma dança
No balanço do coração

Vou morrendo um pouco em mim
E vivendo mais em você
Perdendo os sentidos
E a habilidade de dizer:

"Eu te amo!
Sem você eu não sei viver!"
Estou ficando louco aos poucos;
Louco por você.

12 de ago. de 2011

Valsa da Destruição.

Um, dois, três
Um, dois, três
Teus olhos azuis sorriem
Um, dois, três
Um, dois, três
Tua boca junto à minha
Um, dois, três
Um, dois, três
Teu corpo se arrepende
Um, dois, três
Um, dois, três
Você diz que nada sente.

Devagar, devagar, devagar!

E esse meu coração
Que batia acelerado
Foi ficando lento, freando
Diminuindo o ritmo
Até parar
E quebrar em uns pedaços
Ao saber que outro conduzia a dança
E te fazia sorrir,
Coisa que eu nunca consegui.

Três, dois, um
Três, dois, um
Vou dançar minha valsa sozinho
Três, dois, um
Três, dois, um
Já que não sei te dar carinho
Três, dois, um
Três, dois, um
Vou dançar em outro salão
Três, dois, um
Três, dois, um
Que não maltrate meu coração.





26 de jun. de 2011

Eu te amo.
─ Ah, é?
─ É.
─ Quanto?
─ O suficiente.
─ O suficiente? Essa é uma resposta nada romântica...
─ E não tá bom? Eu, hein. O ser humano e essa sua mania de querer sempre mais...

13 de jun. de 2011

Apenas Mais Um Fim de Tarde.

Definir sentimentos é algo difícil. Mas eu acho que eu consigo definir bem o amor.
Eu diria que o amor é um sentimento estranho: às vezes você sofre, mas tá bem por sofrer. Você não tá com a pessoa, mas tá feliz porque ela tá feliz. A pessoa pode não saber que você existe, mas você tá feliz por saber que ela existe. É estranho isso, sei lá.
        E eu tava sentado lá no banco, esperando ele chegar.
─ Oi.
─ Oi ─ forcei um sorriso.
─ Tá frio aqui, né?
─ Estamos no inverno, faz sentido.
─ E aí? Como você tá?
─ Meio desconfortável. Fico meio desconfortável perto de você.
─ Sério? Você não me parece nada desconfortável agora. ─ Ele sentou do meu lado. ─ Aliás, você nunca pareceu desconfortável perto de mim.
─ É que eu minto bem. Sou um ótimo mentiroso, aí você nunca percebe quando eu tô mentindo ou não. É quase uma arte isso. Enfim, por que você me chamou aqui?
─ Lembra do André? Aquele meu ex, que veio depois de você?
        ─ Ahn... Acho que lembro. Lembro sim.
        ─ Então, ele falou que ainda me ama.
        Eu parei pra pensar. Afinal, que resposta eu poderia dar a isso?
        ─ Hmm, se vocês se gostam, por que vocês não ficam juntos?
        ─ Você tá mentindo.
        ─ Não tô!
        ─ E como eu vou saber? Você não é o Senhor Mentiroso?
        ─ Eu menti. Eu sou um péssimo mentiroso. Quando eu era criança mal conseguia enganar a minha mãe pra faltar à escola! Se eu tivesse mentindo, você definitivamente saberia.
        Ele riu.
        ─ Acho isso tão engraçado.
        ─ Isso o que?
        ─ Esse seu jeito de falar comigo. Como se você tivesse esquecido tudo que você passou por minha causa.
        Sorri sem jeito e respondi.
        ─ Não que eu tenha esquecido... eu só tento não lembrar.
        Depois de um rápido silêncio, retomei o assunto.
        ─ Mas então, a minha pergunta: por que vocês não ficam juntos?
        ─ Não é tão simples assim, sabe? Os oito meses que nós passamos juntos foram oito meses cheio de problemas. Além do mais, ele vai se mudar.
                ─ Se mudar?
                ─ É, ele vai morar do outro lado do país. Longe, sabe? Como vou me envolver de novo com alguém que vai morar no nordeste daqui a um mês? Pra eu ter uma recaída e sofrer ainda mais?
                ─ Ou não. Você pode aproveitar esse mês que falta, ficar com ele e ir colocando na cabeça que vai ficar tudo bem, ir se desapegando, até que ele vire mais uma lembrança.
`              ─ Prefiro não arriscar. Perto dele eu começo a suar frio, a tremer, e isso não é legal.
                ─É...
                ─ Você lembra de quando a gente namorava? Quando a gente veio nessa praça uma vez?
                ─ Lembro. Foi... legal.
                A essa altura ele já tinha percebido que algo estava errado. Gênio!
                ─ O que houve?
                ─ Nada... Eu só tô pensando. Pensando na vida, sabe?
                ─ No que, extamente?
─ Em tudo que a gente passou. Momento flashback na minha cabeça.
─ Foi bom,não foi?
─ Não sei.
─ Como assim não sabe?
─ Foram quatro meses muito bons pra mim. Mas ainda tô tentando decidir se sofrer dois anos por causa disso valeu a pena.
─ Desculpa por tudo que eu te fiz.
─ Detesto quando você pede desculpas.
─ Por quê?
─ Porque você acha que pode consertar o mundo com isso. E você não pode.
Silêncio por um tempo. Acho que nós dois estávamos procurando uma frase que casasse bem com aquele momento.
─ Nossa tô com muito frio ─ ele recomeçou.
─ Toma, pega meu casaco. ─ disse, já tirando ele do meu corpo
─ Não, tá maluco? Você vai sentir frio.
─ Não vou... tô morrendo de calor, na verdade.
─ Isso não vai caber em mim.
─ Claro que vai! Veste. Para de dar desculpas.
Ele vestiu. Ficou tão melhor nele do que em mim. E eu sorri.
─ Eu sou uma pessoa tão complicada ─ ele disse.
─ Todos somos complicados, uns mais, outros menos. Não é fácil de se entender as pessoas.
─ Minha vida é um fracasso.
─ A minha é bem pior que a sua e você não me vê reclamando. Tem gente pior que a gente.
─ Corrigindo então: eu sou um fracasso.
─ Você só é um fracasso porque se permite ser.
─ Nossa, que frase cafona.
─ Todo mundo tem seu momento auto-ajuda.
Eu sorri pra ele e ele sorriu. Nesse momento já estávamos um ao lado do outro, sentados, o mais próximo que podíamos. Eu sentia ele ali, do meu lado, e a cumplicidade que exalava de nossos corpos preenchia o ar. Eu nunca iria sentir frio com ele ali, transmitindo calor pra mim. Fazia esforço para não me mexer. Tinha medo que, se eu me movesse, perdesse todo esse contato. Estar ali com ele era tão bom... mesmo que acabasse.
─ Tudo que me aconteceu deixou meu coração como pedra sabe? Como se meu coração fosse um paralelepípedo desses aí no chão.
Olhei para o chão.
─ Com o tempo ele quebra.
Sorri pra ele, ele sorriu pra mim. Inesperadamente ele pegou na minha mão. Meu coração bateu mais forte e eu... eu não sabia o que fazer. Meu único pensamento era: “não solte, não solte...”
Silêncio por um certo tempo. Até que ele perguntou:
─ Por que a gente tá de mão dada?
─ Não sei.
─ Sua mão tá quentinha.
─ E é você que tá de casaco. ─ sorri.
E ele ficou sério. E distante.
─ Eu não deveria estar fazendo isso.
E eu só pude concordar.
Aí ele resolveu ir embora. Disse que já tava tarde, inventou qualquer desculpa. Me devolveu o casaco e foi. E eu fiquei ali, sentindo o cheiro dele na minha roupa, imaginando o que poderia ter sido aquele fim de tarde.

23 de mai. de 2011

Banquinho.

Eu recorro a esse blog sempre que preciso. Minha válvula de escape, sempre. E chegou a hora mais uma vez. Fui de ferro hoje. Aguentei coisas que uma pessoa normal em minha situação não aguentaria. E não derramei uma lágrima. Talvez eu esteja ficando bom nisso, talvez eu esteja me blindando contra essas coisas. Talvez eu só esteja tomando consciência que tudo que eu fantasio é só uma fantasia. É unilateral e fantasioso. Apagar? Não. Esquecer? Acho difícil. Sorrir e deixar pra trás: a melhor das soluções.
E a única coisa que fica evidente é a distância entre os dois corpos no banquinho...

16 de mai. de 2011

Filosofando com o Rapha.

─ Por que eu tenho que gostar dele?
─ Porque você é estúpido, não é culpa sua.
─ Nossa, assim você me ajuda tanto, Rapha!
─ As pessoas gostam de quem as maltratam, ué.
─ Isso eu sei. 
─ E você na verdade se ama e vê nele as coisas que você gosta.
─ Mas eu seria educado e chamaria isso de masoquismo, não de estupidez.
─ Não seria não.
─ Por quê?
─ Por que você é mau.
─ E o que isso tem a ver?
─ Você não ia se importar com as palavras.


Merda. Ele tem razão.

13 de mai. de 2011

Corações alados
Que fracos caem ao chão
Rastejam sem rumo
Alguns quebrados em mil pedacinhos
E procuram em placas
Anúncios
Jornais
Tevês
E internet
A solução.
Quem quebra corações é culpado?
Ou é apenas culpa do destino
Que é irônico
E acha engraçado
Brincar com o amor alheio?
Uma aventura louca
E involuntária:
Eu não pedi para entrar!
E cá estou
Tentando ser poeta
Pois o fato de amar me dá esse direito
E esses corações alados
Tentam encontrar um lar
Antes de caírem ao chão
E morrerem
E quebrarem
E ficarem presos
Na escuridão.

24 de abr. de 2011

Desabafo poético

Falta uma coragem dentro de mim pra te dizer tudo que eu sinto, tudo que eu penso. Eu sei que você sabe, mas quer me ouvir dizer. Não sou forte o bastante pra poder lutar contra algo que eu não posso ver, um fantasma que assombra nossos pensamentos. Por isso, deixo você partir e vou mergulhar em novos precipícios, esperando nunca chegar ao chão.

16 de fev. de 2011

Aquele certo alguém que balança o coração.

                Pior do que sentir alguma coisa é não saber o que se sente. Não é uma dor lancinante, não é medo, não é algo definível por palavras. Às vezes, penso que não é algo humano. Talvez seja algo pessoal, algo meu, que ninguém mais sente. E essa exclusividade me queima por dentro. Parece que ninguém consegue compreender o que sinto. Muito menos eu.
                Penso nisso sempre e ainda não entendo. Não sei se é amor ou um resquício dele.  Eu só sei que quero matar essa dúvida que vive dentro de mim e parece que cresce aos poucos. Não me importa como.
Preciso de uma solução, uma explicação; uma luz ou somente algumas palavras daquele certo alguém que me balança o coração.