22 de jul. de 2010

Passos curtos, caminho certo.


"Tão só espero o dia
 Em que minha tristeza tenha um final
Contando os minutos
Eternos como a eternidade..."
(Caminaré - Eiza)

Deixo o sol aquecer minha pele, sinto a leve brisa no rosto. O que é isso? Sinto um sorriso se formando. O que isso quer dizer? Que estou indo na direção certa. Ao meu favor. A direção certa, com certeza.
Enfrento aquele sol que me atrapalha a visão, aquela escuridão que insiste em se formar a minha volta. Nada disso importa, se eu tiver certeza de cada passo dado, de cada decisão tomada.
Mesmo que ande devagar para aproveitar a paisagem exuberante a minha volta, não quer dizer que um dia não chegarei ao ponto final. Quando chegar lá, não quero saber se demorei, se me adiantei ou se cheguei cansado. Só quero estar convicto de que por mais que eu tenha feito desvios e tomado atalhos durante o percurso, eu tenha conseguido chegar ao meu destino.

20 de jul. de 2010

When I'll Live Love?

Por que se importar com uma coisa dessas? Uma coisa incerta. Nunca foi nada. Belas palavras, talvez.
Por que se importar, então? Se continua tudo igual...
Nada vai mudar. Nada mudou.
Felicidade, a todos.
Felicidade, a mim. E a você.

18 de jul. de 2010

A metade que pertence a mim.

Quero sentir você aqui. Dos fios de cabelo a ponta dos dedos dos pés. Completo, por inteiro, assim como me entrego a ti.
Quero sentir tuas mãos nas minhas, os dedos entrelaçados. Quero ver aquele meio sorriso que me deixa bobo e apaixonado, que me ilumina até você sair.
E quando você for embora, quero sentir saudades. Quero esperar-te de braços abertos toda noite e ver você cair neles, buscando a outra metade de você. A metade que pertence a mim.

15 de jul. de 2010

O meu amor.

Eu sinto falta do amor, do meu amor. Daquele sentimento que ardia pensando em você, que gelava quando você me olhava. Que deixava cinza o dia quando não te via, que coloria logo quando chegava. Não tenho mais caminho, agora que ele evaporou. Por que você não vem aqui e o traz de volta?

(15/03/10)

13 de jul. de 2010

Na margem.

Queria que você fosse como folhas ao chão, pegadas na areia. Mas você é como uma profunda cicatriz, que marca até a alma. Estamos um de costas para o outro, sorrindo para lados opostos de uma mesma praia. Eu só quero tocar a sua mão, mas o meu medo, o meu orgulho, o meu amor a mim mesmo me separa de você. Só queria dar meia volta. Eu queria te abraçar. Sem palavras. Meu corpo fala por si só. Mas você não sente o meu abraço, você não reage. Continua olhando para o horizonte, sorrindo; e eu, chorando, me afasto, refazendo minhas pegadas na areia. E enquanto o sol se põe, você está lá, sozinho. Porque eu cansei. Cansei de chorar, cansei de viver ao seu redor. Cansei de tudo, de drama, e principalmente de amar uma estátua de sal.

(11/02/10)

12 de jul. de 2010

Cicatrizes.

Tenho cicatrizes que mostram a fragilidade e a imperfeição do meu ser. Tenho outras cicatrizes, cicatrizes que ninguém pode ver. Cicatrizes intensas, no meu coração.
Elas machucam, arranham,incomodam muito mais do que as que as pessoas vêem.
Quando elas resolvem se abrir, doem muito, e me forçam às lágrimas. Quando elas resolvem se fechar, doem mais ainda, e as lágrimas... bem, elas continuam lá.
Eu queria que elas sumissem, não abrissem mais. Eu queria que as marcas sumissem. Queria poder dizer que estou curado. Mas não estou.

(01/12/2009)

11 de jul. de 2010

Apague a luz.

Eu espero, eu só quero
Que você esteja aqui
Eu entendo, compreendo
Que você não queira agir
Eu não penso, eu invento
Só pra não deixar você sumir
Não há teto, não há vento
Se você não está aqui
Eu te amo, eu te quero
Mas se você quiser partir
Se atreva, mas não esqueça
De apagar a luz quando sair.