8 de nov. de 2009

Chuva e glória.


   A chuva caía, e isso deixava as ruas meio desertas. Só ele, com seu guarda chuva, enfrentava a natureza. Andava por ruas bonitas. Bonitas e desertas.


   Alguém o seguia. Naquela chuva, mais alguém se arriscou a sair. Ia andando pelas ruas que ele andava, fazia as curvas que ele fazia, andava mais rápido se ele apertava o passo.


   Ele estava ficando com medo, e tentava fugir. Fez uma curva e entrou em uma daquelas ruas bonitas, uma em que ele nunca tinha reparado. Ela não tinha saída. E o estranho se aproximava...


   Ele se virou, jogou seu guarda chuva ao chão. Sentiu a água em seus cabelos. E gritou:


   — O que você quer?


   O estranho se assustou com a reação, e respondeu calmamente:


   Agora a chuva parecia só um brinde, um enfeite ao beijo dos dois.

   — Só deixo a chuva cair sobre mim, só te sigo por ruas e vielas bonitas que ninguém mais anda, eu só estou aqui, só, somente pra dizer que eu te amo. E que enfrentaria os piores temporais, as piores tempestades, só pra ter você ao meu lado.

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