9 de nov. de 2009

Crepúsculo.

Enquanto ela admirava o pôr-do-sol, ele veio andando cuidadosamente e tapou os olhos dela com as mãos.
- Quem é? – Ela perguntou.
- Não sou ninguém. Cruzei mares, estradas, montanhas, mas não existo de fato.
- O que é você, então? De onde você veio?
- Não importa de onde eu vim, de quem eu vim. Eu posso ser maior que a Terra, romper as fronteiras do Universo, e mesmo assim ser invisível. Apenas sinta.
- Sentir o quê? Que tipo de sentimento é você? O único que eu queria...
- Pois eu sou a resposta. Sou aquilo que você esperava. Fisicamente, estou longe. Mas se me mantiver vivo dentro de você, estarei aqui pra sempre, não tenho prazo de validade. Não me peça explicações, pois sou inexplicável. Apenas ame.
As mãos se afastaram, ela sentiu o vento bater de novo em seu rosto. Abriu os olhos. Não havia ninguém lá, mas inexplicavelmente sentia seu coração pulsar como nunca em sua vida.

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